quarta-feira, 31 de março de 2010

JN AVISA: Corrida à Urgência esgotou vagas no hospital

O Hospital de Aveiro esgotou a sua capacidade de internamento nos últimos dias devido a uma "anormal" corrida ao serviço de Urgência daquele estabelecimento hospitalar.
O atendimento na urgência hospitalar aveirense ultrapassou nos últimos o afluxo normal para a época, nomeadamente com casos de bronquites e pneumonias que esgotou a capacidade de internamento.
"O hospital chegou a não ter vagas para internamento", disse, ao JN, Francisco Pimentel, presidente do conselho de administração do hospital de Aveiro, que possui mais de 400 camas.
Francisco Pimentel adiantou que todos os recursos possíveis do internamento foram utilizados - desde o serviço até à utilização de camas vagas em todos os serviços. Doentes de cirurgia tiveram que ocupar camas que estavam disponíveis em ortopedia, segundo apurou o JN.
Outra das medidas tomadas pelos responsáveis hospitalares aveirenses foi a transferência para hospitais de residência de doentes que não necessitavam já de tratamento no hospital de Aveiro.
Mas essa medida foi prejudicada por um ou outro hospitalar que recusou aceitar doentes transferidos de Aveiro, devido a um surto de infecção hospitalar que alegadamente estaria a acontecer na unidade hospitalar aveirense, segundo soube o JN. Francisco Pimentel desmentiu ao JN qualquer surto grave de infecção hospitalar em Aveiro. "Há quatro ou cinco meses tivemos um problema grave nos Cuidados Intensivos em que chegámos mesmo a fechar esse serviço, mas agora não", referiu.
Curiosamente, ontem, a comissão de controlo de infecção do hospital de Estarreja - um dos hospitais que recebe doentes de Aveiro - impunha que os doentes transferidos de outro hospital para Estarreja só poderiam ser admitidos depois da realização de análises clinicas.
Jesus Zing in http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Aveiro&Concelho=Aveiro&Option=Interior&content_id=1529393

Alguns dos comentários foram:
Anónimo

29.03.2010/12:44
Se os Srs ministros, deputados e restantes politicos vivessem longe da capital e das 2 grandes cidades e no caso da saúde tivessem que recorrer aos centros de saude e hospitais, concerteza que pensariam nas medidas que tomam. Quem está longe de Lisboa e Porto nao pode contar com o sistema nacional de saude...pq ele praticamente nao existe ou qd existe em gd parte é de má qualidade.

Padre Zé

27.03.2010/16:18
Acabaram as urgências no hospital de Salreu (Estarreja), agora é o caos quando temos que recorrer às urgências durante a madrugada. A população do concelho de Estarreja tem de percorrer am média 20 km para Aveiro e os do concelho da Murtosa? São as leis do governo «xuxialista». Os srs governantes vão a Paris, Londres ou NY, o povo vai para o cemitério. Sempre é mais barato...

terça-feira, 23 de março de 2010

Sou Curiosa, Sim!...


Que raio de curiosidade que de vez em quando me dá!...
Desta feita encontrei o site do Hospital Visconde de Salreu, aquele hospital que vai ser substituido pelo novo Hospital a construir em Estarreja, que tão recentemente foi publicitado nos meios de comunicação social, isto, "se o Governo não der o dito por não dito", com a criação do novo Centro Hospitalar de Aveiro...
Mas, não se espantem... porque sendo mesmo um Hospital antigo, os serviços ali prestados parecem ser de muito boa qualidade, e isto é que fáz a diferença!...
Neste Hospital pelo que vejo, os utentes ainda são tratados com Humanização e com carinho, e por isso lá vêm os agradecimentos que nos enchem de orgulho!...
http://hvsalreu.eu/

segunda-feira, 22 de março de 2010

É para Aveiro que querem enviar os utentes do Hospital Visconde de Salreu?! Então leiam com atenção! - Parte II



Hospital Infante D. Pedro acusado de negligência

Adriano Melo Neves, 62 anos, da Piedade, Espinhel, acusa o Hospital de Aveiro de negligência no parto da filha, Ana Sofia, de que resultou a morte do neto, dois dias depois de ter nascido.
“A minha filha começou a sentir dores no sábado à noite e deu entrada no Hospital Infante D. Pedro, em Aveiro, por volta das quatro da madrugada de domingo, tendo sido logo mal recebida pelas enfermeiras que estavam de serviço”, disse Adriano Neves a SP. “Chegaram a dizer que aquilo não eram horas para parir”, acrescentou.
“Não lhe foi prestado auxílio e socorro no tempo devido e o menino só nasceu às 14,54 horas já sem fôlego, acabando por ser transportado para o Hospital Pediátrico de Coimbra, onde acabou por falecer por volta das cinco horas da tarde de terça-feira, dia 11 de Agosto”, revelou AdrianoNeves, emocionado.
“Não é admissível, nos dias de hoje, que deixem morrer um bebé assim, por falta de cuidados com a paciente, neste caso com a minha filha”, disse o avô do bebé. “A minha mãe teve 12 filhos, todos em casa e num tempo em que não havia ecografias e tudo correu sempre bem, como é que agora com tanta tecnologia deixaram acontecer uma coisa destas?”, questionou.
Crítico em relação à forma como a filha foi atendida no serviço de obstetrícia e ginecologia do Hospital Infante D. Pedro, em Aveiro, destacou, por outro lado, a “competência dos profissionais do Hospital Pediátrico de Coimbra (HPC), que tudo fizeram para salvar o meu netinho”, referiu Adriano Neves, em lágrimas.
RESPEITO PELO SOFRIMENTO
“Não posso fazer qualquer comentário, nem fornecer nenhum dado clínico, a menos que tenha autorização da parturiente”, começou por dizer a SP Fernando Pimentel, presidente do Conselho de Administração do Hospital Infante D. Pedro, quando confrontado com este caso.
Num comentário mais generalizado e “sempre no respeito pelo sofrimento” desta família, acrescentou, depois, que “não há nenhuma parturiente que não tenha registos de monitorização das equipas médica e de enfermagem, a partir do momento que entra em trabalhos de parto”.
O Hospital Infante D. Pedro registou, no ano passado, cerca de 2.000 nascimentos e, segundo Fernando Pimentel, “as taxas de ocorrências menos felizes são semelhantes às de outros hospitais nacionais”, num país que “nos últimos 20 anos passou do grupo dos piores para o dos melhores a nível mundial”.
"Soberania do Povo em 19/8/2009"

É para Aveiro que querem encaminhar os utentes do Hospital Visconde de Salreu?! Então leiam com atenção! - Parte I





Hospital de Aveiro assume falha na assistência a idosa
Utentes e Ordem dos Médicos acusam ministro
A direcção clínica do Hospital Distrital de Aveiro (HDA) assumiu a
falha na resposta a uma idosa de Vale Maior, Albergaria-A-Velha,
que esteve cerca de quatro horas à espera de atendimento médico
na urgência, onde acabou por morrer, sozinha numa maca na sala
de espera para onde são encaminhados os doentes após triagem
dos casos mais graves.
"Era um caso sinalizado com pulseira amarela, que indica uma
urgência intermédia, entre muitas urgências e não urgências.
Deveria ter sido observada numa hora", admitiu Lurdes Sá, directora
clínica, remetendo mais esclarecimentos para as conclusões a
apurar no âmbito do inquérito aberto ainda no próprio dia da morte,
quarta--feira ao final da tarde.
A mulher de 85 anos, viúva, deu entrada na urgência HDA cerca das
13.50, transportada pelos bombeiros de Albergaria-A-Velha com
uma carta do médico de família dando conta de um quadro clínico
muito débil, após uma semana acamada e em que praticamente não
se alimentou. A acompanhante, uma filha, alertou logo os serviços
clínicos para o facto de a mãe "já não falar".
De acordo com um bombeiro presente na altura, a grande afluência
de doentes verificada na altura obrigou a esperar duas horas por
uma maca de hospital vaga para transferir a idosa. "Não é a primeira vez que isto acontece", explicou, aludindo à demora no
atendimento pós triagem.
Segundo a directora clínica, a doente acabaria por falecer cerca das 17.45, vítima de paragem cardio-respiratória, o que indicia não
ter sido objecto "dos cuidados devidos".
Alguns doentes na sala pós triagem ter-se-ão apercebido do aspecto "muito pálido" da idosa, alertando um bombeiro que passava
no momento. Este confirmaria a ausência de sinais vitais e chamou o pessoal médico, que já só pôde confirmar o óbito.
"Infelizmente, não teve qualquer assistência. Para mim, é um caso de negligência. Veremos o que diz a autópsia", disse uma amiga
da filha que acompanhou o caso no hospital, onde foram deixadas várias queixas deste caso no livro de reclamações.
O funeral de Albertina Mendes realiza-se hoje. A família vai pedir, formalmente, responsabilidades ao hospital.
Cláudia Pereira, porta-voz da comissão de utentes do HDA, responsabilizou o ministro da Saúde pela morte da idosa. "O aumento
de utentes em virtude da política de encerramento de serviços não foi acompanhado de melhor resposta da urgência. Provou-se que
o serviço não pode ser bem prestado", criticou a activista.
O bastonário da Ordem dos Médicos também responsabilizou o Governo e o primeiro-ministro pela morte da idosa, atribuindo a
situação à sobrecarga da urgência, e ilibou a unidade de saúde e os profissionais. "Que fique bem claro que a responsabilidade do
que se passa no terreno é da errada política de Saúde do Governo. É ao primeiro-ministro José Sócrates que devem ser imputadas
responsabilidades", afirma José Manuel Silva, o bastonário em exercício. O DN tentou, sem sucesso, uma reacção do ministro da
Saúde.
"JÚLIO ALMEIDA, Aveiro
publicado a 2008-01-04 no Diário de Notícias"

quinta-feira, 18 de março de 2010

MINISTÉRIO DA SAÚDE
Gabinete do Secretário de Estado da Saúde
Despacho n.º 4844/2010

Nos termos do Programa do XVIII Governo Constitucional, uma das prioridades da política de saúde é a conjugação entre a maximização de ganhos em saúde e a melhoria da eficiência das instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS), para o que a concentração de recursos e o realinhamento das unidades hospitalares é um factor crítico.
A criação de centros hospitalares está prevista no Decreto –Lei n.º 284/89, de 26 de Julho, e é um mecanismo que visa reforçar a articulação e complementaridade entre os estabelecimentos hospitalares do Serviço Nacional de Saúde, através do melhor aproveitamento da capacidade neles instalada.
Ainda nos termos do artigo 3.º, n.º 2, daquele diploma, «a criação de centros hospitalares deve ser devidamente fundamentada em razões de interesse público, designadamente a optimização dos serviços prestados por dois ou mais estabelecimentos hospitalares e o reforço da respectiva articulação e complementaridade, técnica ou assistencial».
Considerando razões de proximidade geográfica, os circuitos de colaboração institucional já estabelecidos e a complementaridade assistencial, que parecem justificar a criação de um centro hospitalar englobando as unidades hospitalares de Aveiro, Águeda e Estarreja, determino:
1 — A criação de um grupo de trabalho para realizar os estudos prévios e promover as diligências necessárias à definição e operacionalização deste projecto.
2 — O grupo de trabalho é composto pelos seguintes elementos:
Ana Dias, administradora hospitalar da ARS Centro, I. P., que coordenará o grupo.
Francisco Pimentel, presidente do conselho de administração do Hospital Infante D. Pedro de Aveiro.
Maria de Lurdes Sá Ferreira, directora clínica do Hospital Infante D. Pedro de Aveiro.
Ana Lúcia Castro, presidente do conselho de administração do Hospital de Águeda.
Jorge Manuel Abrantes Resende Soares, enfermeiro -director do Hospital de Águeda.
Pedro Nelson Castelo Branco Almeida, presidente do conselho de administração do Hospital Visconde de Salreu de Estarreja.
Maria Cândida Sousa Miranda, directora clínica do Hospital Visconde de Salreu de Estarreja.
3 — Os elementos do grupo de trabalho desempenham as funções em regime de acumulação, não sendo devida remuneração adicional.
4 — Estes elementos podem fazer -se substituir ou designar assessores da sua livre escolha para a realização do trabalho ou de partes específicas, conforme se revelar adequado.
5 — O grupo de trabalho deverá apresentar os estudos de suporte e as peças processuais indicadas para constituição do centro hospitalar numa perspectiva em que este assegure cuidados de saúde de qualidade no quadro de instituições financeiras sustentáveis e em particular:
a) Identificar as necessidades em saúde no âmbito da área de influência do futuro centro hospitalar;
b) Definir o perfil de prestação de cuidados de cada unidade;
c) Coordenar e integrar os serviços clínicos, administrativos e de apoio, tendo por base sistemas de informação comum;
d) Indicar formas de avaliação das actividades e dos resultados;
e) Propor o plano de desenvolvimento estratégico no centro hospitalar.
6 — Para a realização das tarefas definidas supra poderá a ARS do Centro, I. P., recorrer à contratação, nos termos legais, de assessorias especializadas externas.
7 — A apresentação, para minha aprovação, do resultado definitivo do trabalho deste grupo ocorrerá no prazo de 90 dias.
8 — O presente despacho produz efeitos a partir da data da sua assinatura.
11 de Março de 2010. — O Secretário de Estado da Saúde, Óscar
Manuel de Oliveira Gaspar.
203022241